Tumor é uma das palavras utilizadas no vocabulário médico que mais assusta os pacientes. Por isso, entender mais sobre o que são os tumores, qual a diferença entre os tipos e as opções de tratamento é extremamente importante. Informação e orientação são as palavras-chaves antes, durante e após o processo de tratamento.
O que é?
O termo Tumor caracteriza uma proliferação celular atípica, anormal. As células começam a se dividir e, por alguma razão, não param de se multiplicar. Quando isso acontece, forma-se uma massa denominada Tumor. O problema é que essa massa acaba atrapalhando ou impossibilitando o funcionamento normal do órgão (região) onde está instalada.
No caso dos Tumores ósseos, a massa tumoral é encontrada nos ossos. Os casos são raros e podem ser confundidos com lesões ósseas pseudotumorais (lesões que se parecem com, mas não chegam a ser propriamente tumores), por isso é importante o diagnóstico correto e tratamento adequado.
Tipos de Tumores Ósseos Benignos
Os Tumores ósseos podem ser Tumores Ósseos Benignos ou Tumores Ósseos Malignos. A principal diferença entre os dois é o nível de agressão que eles causam às estruturas do corpo humano.
O benigno costuma crescer bem mais lentamente e as células são semelhantes às que o originaram. Suas chances de cura são altas justamente por ele ter menos “força” que os malignos, que podem invadir outros órgãos com velocidade e se espalhar– a chamada metástase.
Apesar de parecer “mais simples”, o Tumor Ósseo Benigno precisa ser acompanhado ou tratado o quanto antes, pois, com o tempo, pode causar problemas para o osso onde está instalado.
Em geral, os Tumores Ósseos Benignos são primários, ou seja, se originam direto no osso onde a massa se forma. Os tumores secundários se iniciam em outros órgãos, se espalhando e afetando também os ossos.
Os Tumores Ósseos Benignos são divididos em diferentes tipos. O mais comum é o Osteocondroma, que pode ocorrer de maneira simples ou múltipla. Ele acomete, principalmente, jovens com menos de 20 anos de idade.
Entre os outros tipos estão os Tumores de Células Gigantes, que atingem normalmente as pernas; o Encondroma, tumor que pode acometer a medula óssea; o Osteoblastoma, em geral na coluna vertebral e o Osteoma Osteóide, que atinge ossos longos e vétebras.
Quais as causas?
As causas dos Tumores Ósseos Benignos primários (que não acasionam metástase) são desconhecidas. Alguns estudos indicam possíveis causas genéticas e/ou ligação com doenças ósseas, como a doença de Paget.
Além disso, é possível perceber que crianças, adolescentes e jovens até 20 anos representam a maioria dos casos, compondo um grupo de risco.
Sintomas e Diagnóstico
O Tumor Ósseo Benigno pode permanecer assintomático (sem apresentar sintomas no corpo) por período prolongado. Por essa razão, em muitos casos ele só é diagnosticado quando a massa já cresceu significativamente.
Em muitos casos, o único sintoma que o paciente nota é apenas a presença de uma massa no local. Mas também é comum que ele sinta dor nos ossos que pode ser, ou não, acompanhada de inchaço na região, além de calor. Quando mais avançado, é possível que ocorram fraturas nos ossos já enfraquecidos pela presença da massa.
O trio de exames laboratoriais, exames de imagem e biópsia é normalmente utilizado para obter o diagnóstico.
Na consulta, o médico realiza um exame clínico para observar a presença de massa. Em seguida, solicita um hemograma completo acompanhado dos exames de imagem que considerar mais necessários (raio-x, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia).
Nem sempre, nos casos de Tumores Ósseos Benignos, é necessário realizar a biópsia. Mas, se houver necessidade, ela pode ser feita por meio de cirurgia aberta ou por outras técnicas percutâneas.
Tratamentos
O tratamento do tumor vai depender da análise de seu tamanho e progressão. Geralmente, o principal tratamento é a retirada da massa por meio de cirurgia aberta. Assim como outros procedimentos cirúrgicos, existem riscos, mas o prognóstico para Tumores Ósseos Benignos é positivo.
Se o tumor benigno for pequeno, não afetar nenhuma área importante e não causar nenhum sintoma (dor, fratura, etc), é possível que haja apenas acompanhamento sem necessidade da cirurgia, justamente para evitar uma intervenção desse porte.